Zero Hora está dando continuidade ao caso do cavalo resgatado após cair na Protásio Alves depois de muitos maus tratos por um carroceiro desgraçado. Nova reportagem conta que a situação é corriqueia (o que todos nós já sabemos). Vamos manter o tema em pauta para que não caia no esquecimento.
Ontem reportagem do RBS Notícias contou que a prefeitura tem o projeto de tirar todas as carroças de circulação até 2013, fazendo a retirada gradulamente. Tomara que dê certo. A vantagem de Porto Alegre sediar jogos da Copa em 2014 é que obrigada o poder público a fazer melhorias há muito tempo exigidas pela população.
Que esses carroceiros passem a usar carrinhos que eles mesmos têm que puxar a mão, aí vão carregar só o peso que conseguirem. Em 30 anos de vida, acho que vi apenas uns 3 carroceiros que de fato cuidavam bem do animal, um - nunca vou esquecer - tinha até uma flor na crina da égua. Esses são raros. Não podemos contar com esses poucos. Queremos o FIM DAS CARROÇAS!
Matéria no ZH Online:
A triste cena de um cavalo caído, agonizando de cansaço, chocou os moradores da Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre, na última quarta-feira. Entretanto, para os responsáveis da recuperação do animal, o problema é costumeiro.
Por mês, entre animais soltos na via e maltratados, cerca de 30 cavalos chegam ao abrigo da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) com feridas, cascos machucados e dores na musculatura e articulação.
— Isso para nós é normal. Ontem, junto com ele, chegaram mais dois. É uma situação corriqueira. Esses animais não têm mais força para puxar a carroça, os arreios machucam, o proprietário bate e machuca eles. A maioria vem com o lombo arrebentado pela carga excessiva — aponta o proprietário do abrigo, Carlos Augusto Machado, 39 anos.
— Infelizmente, recebemos uns 30 cavalos por mês — enumera.
Há dois anos como veterinária do abrigo, Rocheli Oliveira, 30 anos, espanta-se com as feridas dos animais que chegam ao local. O abrigo da EPTC recebe, trata e recupera os animais encontrados nas ruas da Capital. Atualmente, mais de 90 animais de grande porte são atendidos no local, que funciona no bairro Belém Novo.
— São lesões de maus tratos. No caso de cavalos, lesões onde a carroça não pega, feitas por instrumento pontiagudo. Eles (os carroceiros) vão cutucando até o animal não aguentar mais — aponta Rocheli.
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