sexta-feira, 25 de junho de 2010

Carroças sumirão até 2013? Esperamos que sim!

Zero Hora está dando continuidade ao caso do cavalo resgatado após cair na Protásio Alves depois de muitos maus tratos por um carroceiro desgraçado. Nova reportagem conta que a situação é corriqueia (o que todos nós já sabemos). Vamos manter o tema em pauta para que não caia no esquecimento.

Ontem reportagem do RBS Notícias contou que a prefeitura tem o projeto de tirar todas as carroças de circulação até 2013, fazendo a retirada gradulamente. Tomara que dê certo. A vantagem de Porto Alegre sediar jogos da Copa em 2014 é que obrigada o poder público a fazer melhorias há muito tempo exigidas pela população.

Que esses carroceiros passem a usar carrinhos que eles mesmos têm que puxar a mão, aí vão carregar só o peso que conseguirem. Em 30 anos de vida, acho que vi apenas uns 3 carroceiros que de fato cuidavam bem do animal, um - nunca vou esquecer - tinha até uma flor na crina da égua. Esses são raros. Não podemos contar com esses poucos. Queremos o FIM DAS CARROÇAS!

Matéria no ZH Online:
A triste cena de um cavalo caído, agonizando de cansaço, chocou os moradores da Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre, na última quarta-feira. Entretanto, para os responsáveis da recuperação do animal, o problema é costumeiro.

Por mês, entre animais soltos na via e maltratados, cerca de 30 cavalos chegam ao abrigo da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) com feridas, cascos machucados e dores na musculatura e articulação.

— Isso para nós é normal. Ontem, junto com ele, chegaram mais dois. É uma situação corriqueira. Esses animais não têm mais força para puxar a carroça, os arreios machucam, o proprietário bate e machuca eles. A maioria vem com o lombo arrebentado pela carga excessiva — aponta o proprietário do abrigo, Carlos Augusto Machado, 39 anos.

— Infelizmente, recebemos uns 30 cavalos por mês — enumera.

Há dois anos como veterinária do abrigo, Rocheli Oliveira, 30 anos, espanta-se com as feridas dos animais que chegam ao local. O abrigo da EPTC recebe, trata e recupera os animais encontrados nas ruas da Capital. Atualmente, mais de 90 animais de grande porte são atendidos no local, que funciona no bairro Belém Novo.

— São lesões de maus tratos. No caso de cavalos, lesões onde a carroça não pega, feitas por instrumento pontiagudo. Eles (os carroceiros) vão cutucando até o animal não aguentar mais — aponta Rocheli.


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